Por cinco anos, o empresário Marcelo Bastos, dono da RJCP, ficará impedido de atuar, direta e indiretamente, como investidor em qualquer mercado organizado de valores mobiliários. A punição foi anunciada em 19 de dezembro, após julgamento realizado na CVM. De acordo com a autarquia, Bastos manipulou o mercado ao criar demanda e preços artificiais das ações da Marambaia Energia Renovável. Pelo mesmo delito, a Metynis Participações, que também pertence ao empresário, deverá pagar multa de R$ 500 mil.
O processo começou em 2009, quando chegou ao regulador a reclamação de que pessoa ligada à administração da Marambaia estava negociando ações da companhia. A movimentação contrastava com o histórico de liquidez do papel e também com o fato de a empresa não apresentar demonstrações financeiras atualizadas. As investigações apontaram que Bastos, sócio e executivo da Marambaia, era quem estava por trás dos negócios. O empresário participava de fóruns na internet e concedia entrevistas para criar um noticiário positivo sobre a companhia.
O episódio da Marambaia representa uma pequena parte do imbróglio de Marcelo Bastos na CVM. O executivo inflou o preço das ações até que sua participação na empresa atingisse R$ 4 milhões. Depois disso, integralizou-as ao capital da RJCP, companhia de participações criada por ele mesmo e que também é alvo de investigações de manipulação de mercado. Tanto a autarquia quanto o Ministério Público Federal apuram os indícios de que Bastos, mais uma vez, teria forjado uma liquidez inexistente.
Ilustração: Rodrigo Auada
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