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Confiança no olhar
A despeito do pessimismo macroeconômico, ano é promissor para fusões e aquisições no Brasil

Fabio MatsuiUm cenário de incertezas e elevada aversão ao risco se instalou no universo macroeconômico brasileiro. Mas, apesar do clima de insegurança, as indicações de ajuste firme e rápido do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, combinadas com a ideia de sacrifícios sem solavancos e a promessa de um ajuste fiscal, parecem agradar investidores que continuam de olho no Brasil.

Nem mesmo as últimas projeções de crescimento — segundo a atualização do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2015, a economia brasileira deve avançar apenas 0,8% — fizeram o Brasil deixar de despertar interesse, especialmente em setores de alto grau de atratividade: saúde, educação, transporte, tecnologia, serviços auxiliares e segmento financeiro. Os três últimos, aliás, foram os que registraram maior volume de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) em 2014. O primeiro concentra cerca de 20% das operações; os outros dois, 10%.

Embora, para muitos, o cenário seja pessimista, números divulgados pela PwC mostram outro caminho. Entre janeiro e outubro de 2014, foram registradas 717 transações de M&A no Brasil; a maior parte dos investimentos foi de caráter exclusivamente nacional (58%, contra 56% no ano anterior). Em 2013, houve 664 operações no mesmo período e 813 no ano todo.

Em 2015, isso não deve mudar. Mesmo com o vislumbre de um cenário político incerto, o mercado de fusões e aquisições poderá se aquecer em número de transações. Alguns fundos de private equity já estão captados, prontos para investir algo em torno de US$ 8,3 bilhões no Brasil e na América Latina. É importante ressaltar que os fundos captados têm prazo de dois a três anos para investir. Caso contrário, perdem o montante levantado.

É verdade que existe um movimento de fuga de investimentos em setores como óleo e gás, principalmente por conta do fator Petrobras, e uma desconfiança do investidor estrangeiro em áreas altamente regulamentadas. Por outro lado, há uma série de oportunidades de aquisição em campos distintos, com oferta de preços e condições favoráveis. O dólar mais forte deverá tornar os investimentos no mercado brasileiro mais atrativos e baratos para o investidor estrangeiro.

Há ainda a questão regional. A região Sudeste domina de forma avassaladora o índice de transações de M&A; para os próximos anos, contudo, há uma forte perspectiva de que empresas de Norte, Nordeste e Sul estejam cada vez mais preparadas — em matéria de governança, formalização de negócios, auditoria financeira, etc. Na região Sul, há uma movimentação considerável no segmento educação.

Precisamos reconduzir nosso olhar do pessimismo para as oportunidades que despontarão no mercado em 2015. Investidores estrangeiros, sobretudo os que conhecem os meandros regulatórios e políticos brasileiros, continuarão aportando seus investimentos por aqui. Embora negócios com companhias de grande porte tendam a diminuir, o mesmo não se pode dizer do “middle market” (empresas entre R$ 20 milhões e R$ 1 bilhão de faturamento), que cada vez mais desponta no cenário econômico nacional.


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