A escassez de crédito em 2015 fez bem às emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Segundo dados da Cetip, o estoque do papel quadruplicou em 12 meses, para um total de R$ 4 bilhões em julho. Num ambiente de taxa de juros elevada e empréstimos restritos, os títulos passaram a atrair a atenção de grandes empresas. Nessas emissões, a companhia passa a ser a única devedora dos direitos creditórios — uma estrutura diferente da adotada até então, em que vários devedores originavam o lastro dos papéis. A Suzano anunciou, em julho, a emissão R$ 675 milhões em CRAs. A Fibria, em setembro, divulgou a oferta de R$ 500 milhões. Como tem sido a experiência dessas companhias? Em que medida os CRAs corporativos competem com as emissões pulverizadas? Quais as oportunidades e os problemas observados pelos distribuidores desses papéis? Neste workshop, discutimos sobre os novos CRAs e as oportunidades e perspectivas com especialistas.

Programação:

• Panorama geral das emissões de CRAs por corporações | Bruno Cerqueira, sócio do PMKA

• Por que escolhemos o CRA para levantar recursos | Guilherme Hirata, gerente executivo de operações estruturadas da Suzano

• Oportunidades e limitações da distribuição de CRAs corporativos | Tomaz de Gouvêa, head de mercado de capitais da XP Investimentos

• Balanço e perspectivas das emissões de CRA
– Os CRAs corporativos competem com as emissões pulverizadas?
– CRAs indexados em moeda estrangeira: uma oportunidade?
– As lições de dois casos de recuperação judicial
– Avanços conquistados e desafios a superar

Convidados:
– Alexei Bonamin, sócio do Tozzini Freire Advogados
– David Alegre, gerente de Tesouraria da Fibria
– Fernanda Mello, diretora-presidente da Octante
– Francisco Godoy Bueno, vice-presidente jurídico da Sociedade Rural Brasileira
– Moacir Ferreira Teixeira, sócio-executivo da Ecoagro