Pesquisar
Close this search box.
Relatórios de análise: enfim, CFA se posiciona
21/8/2014

A CFA Society Brazil, braço brasileiro da associação internacional de credenciamento de analistas de investimentos, finalmente se posicionou sobre o recente caso envolvendo o banco Santander.

Em 25 de julho, uma carta enviada pelo Santander aos clientes do segmento Select ganhou a internet por meio do blogueiro Fernando Rodrigues, do UOL. Em duas frases, copiadas de um relatório em inglês escrito por Paulo Gala, do Banco Fator, dizia que, se Dilma voltasse a subir nas pesquisas, o Ibovespa poderia cair. Os responsáveis pela nota foram demitidos, e o banco pediu desculpas em seu site.

Não se tratava de um relatório de análise, mas de uma seção de dicas de investimentos chamada “Você e seu dinheiro”, sempre anexada ao extrato enviado mensalmente aos correntistas. Ainda assim, o episódio gerou preocupação entre analistas, que passaram a temer pela sua independência. A APIMEC, associação que credencia e representa analistas brasileiros, em breve nota oficial, defendeu a liberdade de análise.

Quase um mês depois, em 20 de agosto, o CFA se manifestou, em um posicionamento um pouco menos breve, mas com a essência parecida:

“(..) investidores, emissores e quaisquer outros membros da sociedade, sendo estes autoridades ou cidadãos comuns, devem respeitar o direito dos analistas de fazer perguntas difíceis, apontar riscos potenciais e fazer avaliações justas, imparciais e equilibradas baseadas em fatos e também a partir de suas próprias previsões. Analistas devem ser livres para desenvolver e publicar seu relatórios baseados em dados e fatos, fazer análises competentes, e divulgar suas conclusões e recomendações mesmo que estas sejam desfavoráveis ou diferentes das opiniões consensuais dos outros.” 

A associação internacional não deixou, entretanto, de pontuar os problemas da nota do Santander – sem citar nomes:

” (…) Acreditamos que os analistas devem distinguir entre fato e opinião, divulgar as suas fontes de pesquisa e comunicar eficazmente quaisquer recomendações.”

Nesse ponto, o Santander falhou: não ficava claro para leitores mais leigos que se tratava de uma opinião de um analista, e tampouco ficava claro qual era a fonte de pesquisa – no caso, um relatório do Fator. Moral da história: falar mal do governo até pode, mas é melhor fundamentar bem – e não copiar trabalho de colegas sem dar o devido crédito.

 


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.


Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.


Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais


Ja é assinante? Clique aqui

mais
conteúdos

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.