A Inepar vem levando uma bordoada atrás da outra. No ano passado, seus principais executivos foram inabilitados para o exercício do cargo de administrador de companhia aberta por prazos que variam de três a cinco anos. Entre eles estava o próprio controlador, o empresário Atilano Oms Sobrinho.
Hoje, mais um capítulo da recente e conturbada história da Inepar chegou ao fim. No julgamento do processo sancionador RJ-2013-1840, a CVM novamente inabilitou Atilano por cinco anos — mesma penalidade aplicada a Cesar Romeu Fiedler, administrador da Inepar Indústria e Construções (IIC), uma das companhias que compõem o grupo. Outros executivos, além da holding controladora Inepar Administração de Participações (IAP), foram multados em R$ 500 mil cada, teto da sanção pecuniária aplicável pela CVM.
O histórico de problemas da Inepar é longo e foi contado na edição de fevereiro da CAPITAL ABERTO. Fundada na década de 1950, a empresa nasceu como uma construtora de redes de distribuição de energia. Ao longo dos anos, diversificou suas atividades e ingressou em áreas como telecomunicações e petróleo e gás.
Muitas das apostas da Inepar deram errado e quase a levaram à bancarrota. Para salvar a companhia, Atilano lançou mão de uma série de manobras. No episódio julgado em 2013, foi condenado por artimanhas contábeis, como o uso de títulos da dívida pública federal, avaliados por preços irreais. De acordo com o processo analisado hoje, os controladores também usaram a holding IAP para usurpar oportunidades de investimentos de suas controladas — entre elas a IIC, ex-blue chip (fez parte do Ibovespa por quase cinco anos) que abriga a base de acionistas minoritários da companhia.
As condenações deixam um recado no ar. Não vale tudo para salvar uma empresa.
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